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PETROBRAS – Pedaços da Petrobras são disputados a tapa.

Pedaços baratos da Petrobras são disputados a tapa, como produto na xepa, em final de feira

O fundo americano BlackRock passou nesta semana a ser um acionista de peso da Petrobrás, detendo agora com um pouco de mais de 5% da ações preferenciais da estatal.

O leilão segue o curso tocado por Parente, o estripador.
Todo mundo quer um dos pedaços da empresa colocado em leilão, sem controle e nenhuma transparência.
Outro fundo financeiro, Brookfiled, canadense ficou a malha de gasodutos.
Entre as petroleiras os olhos também estão voltados para o nosso pré-sal. Assim, a norueguesa já pegou mais 66% do campo de Carcará no Pré-sal por US$ 2,5 bilhões.
A francesa Total está ficando com parte do campo de Iara também no Pré-sal e mais termelétricas pouco cerca de US$ 2,2 bilhões.
A Shell está gritando no meio da rua porque diz que tem direito de preferência porque a BG (que foi comprada por ela tem 25% no bloco).
Além disso, a Shell também reclama direito sobre o pedaço de 35% que a Petrobras também colocou na xepa do campo de Lapa.
Ou seja, parece até aquela briga em final da feira, na xepa.
Cada um puxando para o seu lado os pedaços jogados ao alto pelo governo entreguista.
E todo dia tem xepa.
Nem no carnaval o entreguismo deu trégua.
O que Parente faz na xepa equivale a algumas “lava-jatos” em termos de perdas para o país.
A esperteza hoje é maior do que na década de 90.
A privatização está sendo feita hoje com a entrega do filé mignon do pré-sal e dos ativos mais valiosos.
As petroleiras estrangeiras não precisam gastar com sondas para procurar novas reservas. É só arrematar no final da xepa.
Vão entregar agora parte do refino e a BR-Distribuidora. Deixarão o osso.
De República nos transformamos numa barraca de bananas.
Um basta é necessário não apenas para conter o entreguismo, mas para pegar tudo isto de volta.


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PETROBRAS – A sanha entreguista continua.

Pedro Parente mais uma vez mente descaradamente

Em entrevista publicada nesta terça-feira (14/03) por O Globo, Pedro Parente não mostra nenhum pudor na defesa de seu projeto lesa-pátria em andamento na Petrobras.

Numa semana em que importantes decisões estão sendo tomadas em relação à empresa, como é o caso do TCU que avalia a liberação ou não da venda de ativos, Parente, apoiado por uma mídia espúria e irresponsável, mente escandalosamente buscando ganhar a opinião pública.

Na entrevista Parente afirma: ”A empresa melhorou do ponto de vista operacional, mas continua tendo a mesma dívida de US$ 100 bilhões, a maior do mundo entre as empresas do setor. Venda de ativos não é uma escolha é uma necessidade”.

A verdade é que, do ponto de vista operacional, a empresa continua a mesma, altamente lucrativa e produtiva, não melhorou, nem piorou. A prova disto é que a geração operacional de caixa nos últimos cinco anos se manteve estável: 2012 – US$ 27,4 bi, 2013- US$ 26,3 bi, 2014 US$ – 26,6 bi, 2015 – US$ 25,9 bi, 2016 (até setembro) – US$ 19,0 bi. Pedro Parente fala, mas não mostra dados que confirmem suas palavras.

A dívida da empresa, que em dezembro de 2014 era de US$ 120 bilhões, caiu em dezembro de 2015 para US$ 111 bilhões, e em setembro de 2016 estava em US$ 110 bilhões. É a maior dívida entre as petroleiras, mas o pré-sal é a maior descoberta de reservas das últimas décadas. A dívida foi gerada para o desenvolvimento destas descobertas. Nada mais natural. Os últimos estudos indicam que as reservas têm probabilidade de 90% de ser superiores a 170 bilhões de barris. Qualquer empresa no mundo gostaria de ter a dívida da Petrobras, se tivessem descoberto as reservas que ela descobriu e as tecnologias que ela desenvolveu.

Não existe nenhuma necessidade de venda de ativos e isto é claramente demonstrado pelo quadro de Usos e Fontes do plano de negócios (PNG-2017/2021) da empresa mostrado a seguir:

 

Vejam que as necessidades são praticamente cobertas com a geração própria de caixa (US$ 158 bilhões). A venda de ativos poderia, sem nenhum problema, ser substituída por rolagem de dívida ou até mesmo por uma utilização maior do caixa, que em setembro de 2016 era de US$ 22 bilhões. Pedro Parente está forçando a barra para vender ativos, isto está muito claro.

Em outra parte da entrevista Parente ameaça com aumento no preço dos combustíveis caso as vendas de ativos não sejam concretizadas: “A gente pode tomar a decisão de aumentar um pouco a margem”. Mas ele sabe que isto não é possível pois os preços hoje já estão no limite superior máximo para impedir a perda de mercado interno para as concorrente Ipiranga e Raizen (Shell).

O que mais nos impressiona é a passividade da pseudo-jornalista Mirian Leitão, que se auto intitula “jornalista de economia”, e nem ao menos dispendeu um pouco de tempo para olhar os números publicados pela empresa, e contestar as mentiras de Parente. É fantástico.


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PETROBRAS – Sofre mais um ataque.

Em surdina, mais um ataque à Petrobras

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

O governo divulgou em 22/2 os novos índices de exigência de conteúdo local no setor de petróleo e gás. A destruição da política de conteúdo local, um dos pilares da Lei de Partilha sobre a exploração do Pré-Sal, é parte constitutiva do golpe, como até as pedras já sabiam. Haverá, conforme matérias na imprensa, uma redução média de 50% nos percentuais de equipamentos e serviços produzidos no país, exigidos em licitações de exploração de petróleo e gás. Nas plataformas marítimas, cujo conteúdo local atual é de 65%, a exigência será de apenas 25%. Estas novas regras valerão já para a 14ª rodada de licitações, que deve ocorrer em setembro, e para a terceira rodada de leilões de blocos no pré-sal, prevista para novembro.

Segundo estimativa da Associação Brasileira dos Produtores de Máquinas (Abimaq), o índice de 25% será consumido apenas com serviços, mesmo desconsiderando produtos industriais e de engenharia que entram na cadeia de serviços. Reduzir índices de conteúdo local, em meio à maior crise da história do capitalismo e à maior recessão do país diz muito sobre o governo atual. A medida significa perda dramática de mercado para as empresas brasileiras e mais demissões, num país que já amarga taxas, em algumas regiões, acima de 20% de desemprego. China, Singapura, e outros países que têm política industrial estruturada, agradecem muito a decisão do governo entreguista, pela renda e os empregos gerados em seus respectivos países.

O governo alega que o conteúdo local leva à corrupção e à baixa competitividade da indústria nacional. Uma afirmação sobre o risco de corrupção, vinda de um governo como esse, é de um sarcasmo infinito. A política de conteúdo local, forma uma das bases que constitui o tripé para exploração da riqueza do pré-sal, juntamente com: a) exclusividade da Petrobrás na exploração
dos poços; b) exigência de que a empresa brasileira participe com pelo menos 30% dos investimentos em cada um dos poços do pré-sal. Estas duas últimas exigências já foram ceifadas pelo governo através de Lei, que, na prática, foi o cumprimento da promessa de José Serra à Chevron, de acabar com a Lei de Partilha, em 2010, conforme publicado pela organização Wikileaks.

Já se sabia que acabar com a política de conteúdo local, por parte deste governo, era uma questão de tempo. A política de conteúdo local foi responsável, em grande parte, pelo renascimento da indústria naval no Brasil (que agora vai definhando). A exigência de conteúdo local, que precede a própria Lei de Partilha, e obriga a Petrobras a comprar mais de 65% de bens e serviços no Brasil, tem o objetivo de alavancar a indústria e os serviços nacionais. A lei tem uma importância evidente, pela relevância do setor de petróleo e gás e pelo peso extraordinário que a Petrobrás tem na economia brasileira, mesmo após a pancadaria que vem sofrendo há três anos, e que constitui o chamado golpe dentro do golpe.

O desmonte da empresa está sendo providenciado com rapidez. Recentemente a direção da Petrobrás convidou somente companhias estrangeiras para participar de licitação para a construção da unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Empresas que não têm nem ao menos unidades no país. Como no momento tentar privatizar seria difícil, pelo simbolismo da estatal, estão desvalorizando o preço dos ativos para facilitar a venda, e acabando com que a empresa tem de melhor, que é a integração do “poço ao posto”. Estão vendendo o filé do patrimônio para multinacionais, a preço de banana e com ativos depreciados, e condenando-a à produção e comercialização de óleo cru. Além de liquidar com a Lei de Partilha — o que já fizeram em boa parte — precisam também destruir a Petrobrás para entregar o nosso petróleo às estrangeiras, que não têm nenhum compromisso com os países nos quais se instalam, como revela a história do petróleo do mundo.

Em absolutamente todos os países onde a política do petróleo está ajustada aos interesses do país, há políticas de valorização da produção local, com desenvolvimento da tecnologia e da engenharia, e política macroeconômica adequada. No Brasil, montaram uma operação, a Lava-Jato, que destruiu as empresas de engenharia fornecedoras da Petrobrás, e que, sob o pretexto de recuperar R$ 6,2 bilhões (um dado superestimado para obter apoio público), provocaram, somente em 2015, um prejuízo de R$ 140 bilhões à economia brasileira. O estrago que a Lava-Jato causou, alavancando a destruição da economia e auxiliando a ascensão dos corruptos ao núcleo de poder, ilustra com riqueza, sozinho, a existência do golpe contra a democracia.

O Brasil foi o único caso do mundo onde um grupo de procuradores, idiotizado pela ideologia, que nada entende de economia, destruiu, em nome do combate a corrupção, um setor da economia altamente competitivo, gerador de riqueza, tecnologia, e milhões de empregos.

O ataque que o Brasil e o seu povo vêm sofrendo, é inusitado. Está em franco funcionamento uma máquina de destruição do Estado social brasileiro, de entrega do patrimônio nacional e de liquidação de direitos, obtidos à duras penas nos últimos 70 anos. Além da execração do Estado nacional os ataques também avançam sobre o sistema econômico privado, ao destruir as empresas de engenharia nacionais e abrir espaços para as multinacionais do setor. O processo de entrega e de queima do patrimônio nacional está sendo realizado propositalmente muito rápido, para não dar tempo da população reagir. São crimes de lesa-pátria, cometidos em série, e encaminhados por uma quadrilha que tomou o poder de assalto.


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PETRÓLEO – A manipulação do ciclo petro-econômco.

A manipulação do ciclo petro-econômico Reuters: “Arábia Saudita quer preços do petróleo a US$ 60 em 2017”

Como temos dito aqui neste espaço o ciclo petro-econômico com suas duas fases de boom e colapso, não é um processo natural. Ele é sempre produzido por interesses econômicos e geopolíticos. A matéria da agência Reuters confirma esta tese que venho defendendo:

EXCLUSIVO-Arábia Saudita quer quer preços do petróleo subam para cerca de US$ 60 em 2017” – terça-feira, 28 de fevereiro de 2017 14:43 BRT – Por Rania El Gamal e Alex Lawler

“DUBAI/LONDRES (Reuters) – A Arábia Saudita quer que os preços do barril de petróleo subam para cerca de 60 dólares neste ano, disseram cinco fontes de países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da indústria petrolífera.

Este é o patamar que o país, um peso-pesado da Opep, e seus aliados do golfo –Emirados Árabes Unidos, Kuweit e Catar– acreditam que encorajaria o investimento em novos campos, mas não levaria a um saldo na produção de gás de xisto dos Estados Unidos, disseram as fontes.

A Opep, a Rússia e outros países produtores prometeram no ano passado reduzir a produção para cerca de 1,8 milhão de barris por dia a partir de 1º de janeiro. O primeiro corte na produção em oito anos tem o objetivo de elevar os preços e se livrar de um excesso de produção.

Os preços do petróleo subiram em mais de 14 por cento desde o pacto firmado em novembro, mas ainda gira na casa de 56 dólares, apesar de um cumprimento recorde do acordo entre países-membros e não-membros da Opep.

Autoridades da Opep têm dito repetidamente que o grupo não busca um preço específico para o petróleo e seu foco é ajudar o mercado a se reequilibrar.”

Mas nos bastidores, Riad e seus aliados do golfo na Opep esperam ver um nível mais alto dos preços, porque o preço baixo afeta suas finanças e gera temores de um desabastecimento no futuro.


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PETRÓLEO – Não foi por falta de aviso.

Os petroleiros avisaram: Temer joga contra indústria nacional

Escrito por , Postado em Redação

No site da FUP

Desmonte da política de conteúdo local é mais uma conta do golpe imposta ao povo brasileiro

23 de Fevereiro de 2017

Leia a nota da FUP sobre a decisão do governo Temer de alterar as regras de conteúdo local para o setor de óleo e gás:

A FUP falou, a FUP avisou

Mesmo com a chiadeira das Federações e associações de indústrias, que nas últimas semanas entraram em campo às pressas para tentar impedir o desmonte da política de conteúdo local, o governo Temer sacramentou o que a FUP e seus sindicatos já vinham alertando: o compromisso dos golpistas é com o capital internacional. Depois de liberarem a operação do Pré-Sal para as empresas estrangeiras, acabando com a participação mínima da Petrobrás nos blocos exploratórios, agora reduziram em 50% a exigência de conteúdo local para a contratação de equipamentos e serviços pela indústria de petróleo.

As novas regras valerão para as próximas licitações da ANP e beneficiarão diretamente as multinacionais petrolíferas que poderão contratar bens e serviços no exterior, gerando renda e emprego em seus países de origem, às custas da exploração do nosso petróleo. A Fiesp, a Firjan e outras entidades empresariais que apoiaram o golpe colhem o que plantaram. No rastro do desmonte da Petrobrás e da entrega do Pré-Sal, a indústria nacional é a maior impactada, gerando um efeito cascata sobre os trabalhadores e o povo brasileiro, que sofrem com o desemprego e a recessão imposta pelos golpistas.

Desde o início do processo de impeachment da presidente Dilma, os petroleiros afirmavam que o objetivo do golpe era escancarar todo o setor petróleo para as empresas estrangeiras. As multinacionais sempre deixaram claro que queriam se apropriar não só do Pré-Sal, como de toda a sua cadeia produtiva.

Aviso não faltou. A FUP cansou de alertar que os ataques contra a Petrobrás tinham como pano de fundo a entrega do Pré-Sal e refletiriam diretamente sobre a indústria nacional, gerando desemprego em massa e o esvaziamento tecnológico da cadeia produtiva do setor de óleo e gás.

No documento Pauta pelo Brasil, uma série de alternativas que os petroleiros apresentaram em 2015 para que a Petrobrás supere a crise sem ter que abrir mão de ativos e investimentos estratégicos, a FUP destaca a importância de uma reserva significativa de conteúdo local nos contratos firmados pela empresa.

As propostas dos trabalhadores chegaram a ser discutidas com a área estratégica da Petrobrás e a própria direção da empresa, após a greve de novembro de 2015, onde os petroleiros pararam suas atividades por mais de dez dias em protesto contra a redução de investimentos e o anúncio na época de ativos que seriam colocados à venda.

A Pauta pelo Brasil tem um capítulo inteiro dedicado ao fortalecimento da política de conteúdo local, que se mostrou positiva tanto para a indústria nacional, quanto para a própria Petrobrás, que, ao adquirir máquinas e equipamentos no Brasil, passou a ter acesso à assistência técnica local e maior segurança na garantia de fornecimento, com acompanhamento da fabricação desses bens e mais independência em relação à política externa.

No documento, são elencados os ganhos que o conteúdo local trouxe para o país, como maior geração de empregos e renda, diversificação e crescimento sustentável da economia, desenvolvimento da capacidade produtiva local, ambiente seguro para atração de investimentos e, consequentemente, aumento da arrecadação de impostos.

A FUP também propõe mudanças para aperfeiçoar a política de conteúdo local, como premiação para as iniciativas que buscam o aumento do nível de nacionalização dos equipamentos e alternativas para que as punições aplicadas às empresas que descumprem os índices exigidos não gerem uma “indústria de multas” que em nada contribui para o fortalecimento da indústria nacional. Essas e outras propostas da Pauta pelo Brasil podem ser acessadas aqui.

Os petroleiros seguirão na luta em defesa do Sistema Petrobrás e de uma política afirmativa para a indústria nacional, pois entendemos que as exigências de conteúdo local para o setor petróleo são fundamentais na geração de emprego e renda para o povo brasileiro, bem como para o desenvolvimento tecnológico do nosso país. Enquanto os empresários que hoje criticam as medidas do governo apoiavam o golpe, a FUP e seus sindicatos estavam nas ruas defendendo a democracia e a soberania nacional. Nós avisamos que a conta do pato seria alta e atingiria toda a nação brasileira.

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2017

Federação Única dos Petroleiros


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PETRÓLEO – Nenhuma surpresa na posição do O Globo.


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PETROBRAS – É, e sempre foi altamente produtiva e lucrativa.

A Petrobras é, e sempre foi, altamente produtiva e lucrativa, mas está sendo destruída

A descoberta do pré-sal, que deveria ser a grande esperança do povo brasileiro para a transformação econômica do país, fez ressurgirem forças poderosas contra a maior empresa nacional.

O interesse internacional nas novas reservas descobertas recebeu o apoio imediato da grande mídia entreguista, capitaneada pela Rede Globo, via Carlos Alberto Sardenberg e Miriam Leitão.

Já em 2008, em artigo, Carlos Alberto Sardenberg vaticinava: “O pré-sal só existe na cabeça do governo”.

Em 2009 Miriam Leitão admitia: “O petróleo existe, mas a Petrobras não tem tecnologia para extração em tais profundidades”.

A Petrobras desenvolveu tecnologias, recebeu os maiores prêmios internacionais, e começou a extrair óleo do pré-sal. Miriam Leitão se corrigiu e em artigo afirmou: “A Petrobras consegue extrair o petróleo, mas o custo é economicamente inviável”

A Petrobras desenvolveu novas tecnologias, recebeu mais prêmios internacionais, e reduziu o custo de extração para US$ 8 o barril, o mais baixo custo entre todas as majors.

Pressionados e sem argumentos, os jornalistas inventaram a maior das mentiras da década, uma grande calúnia: “A empresa está muito endividada, a maior dívida do mundo. Tem problemas financeiros e não tem capacidade para explorar o pré-sal.”

A campanha foi tão forte que a maioria do povo brasileiro passou acreditar, e ainda acredita, como se isso fosse verdade.

No final de abril de 2016 artigo de Carlos Alberto Sardenberg afirmava: “ Quebraram a estatal, ela vai precisar de aportes do tesouro para se salvar. A empresa só não entrou em acordo judicial ainda porque é uma estatal”

O ano de 2016 passou e não houve nenhum acordo judicial e muito menos aporte do tesouro, pelo contrário, em dezembro de 2016 a Petrobras fez um adiantamento de R$ 17 bilhões para o BNDES, aliviando seu caixa.

Ou seja, estes pseudojornalistas falam o que bem entendem prejudicando a Petrobras e o país, não se retratam, e fica tudo por isso mesmo.

Analisando os balanços da Petrobras, vamos verificar que a empresa apresentou lucro de 1991 a 2013. Ou seja, foram 22 anos de lucros constantes, o que é o normal, pois a companhia está estruturada para lucrar sempre.

A partir de 2014, dentro do processo de desmonte da empresa, para forçar resultados negativos, aproveitando os efeitos da Operação Lava Jato, passaram a ser usados ajustes contábeis (impairments), uma prática que foi introduzida na contabilidade brasileira só a partir de 2010.

A então presidente da Petrobras, Graça Foster, chegou a anunciar para a imprensa que o impairment de 2014 seria de R$ 88 bilhões. Posteriormente o valor caiu para a metade (R$ 44 bilhões). Já o mercado calculava que este valor não poderia superar R$ 20 bilhões.

Além dos R$ 44 bilhões de impairment, em 2014 foram lançados também mais R$ 6 bilhões por perdas em corrupção no processo Lava Jato. Este valor foi calculado como sendo 3%  de um valor de contratos de R$ 200 bilhões. Simples assim.

O fato é que o resultado da Petrobras foi artificialmente onerado em R$ 50 bilhões (44 + 6) no exercício de 2014.

A consequência disto tudo é que na CVM-Comissão de Valores Mobiliarios, foi aberto o processo administrativo RJ-2015-3346, que avalia a validade destes lançamentos de 2014. Normalmente os processos da CVM são públicos, podendo ser acessados por qualquer cidadão brasileiro. Para este processo, no entanto, a CVM não está permitindo vistas, alegando “Proteção dos interesses das partes” O processo já conta com mais de 1000 páginas.

Para o balanço de 2015 foi encontrada uma nova justificativa para novos impairments: a queda o preço do barril.

Com base nisto a direção da Petrobras fez um ajuste absurdo nos valor das reservas da empresa, causando um novo registro contábil de perda de R$ 50 bilhões. Nenhuma das grandes petroleiras do mundo fez este tipo de ajuste, justificando que a volatilidade do preço do petróleo, não recomendava este tipo de contabilização.

O problema é ainda mais grave, quando todos sabemos que as reservas do pré-sal, que são as maiores, não estão registradas no balanço da empresa. Para que reduzir valor de reservas, quando a maior parte não está sequer contabilizada?

Em função disto, novo processo administrativo foi aberto na CVM com o número SP-2016-182 para avaliar o impairment de 2015. Este processo ainda pode ser acessado pelos cidadãos brasileiros.

Esta mesma sistemática de 2015 foi realizada no balanço de setembro de 2016, considerando posteriores quedas no preço do barril foi feito um impairment de R$ 17,8 bilhões.

Mas todos esses lançamentos buscam apenas iludir os mais desavisados. Eles só tem efeito contábil. Não tem efeito financeiro. Ou seja, estes lançamentos não afetam o caixa da empresa. Na verdade a companhia estruturalmente continua a ser a mesma, altamente lucrativa e forte geradora de caixa.

Para comprovar o que estamos falando vamos dar uma olhada nos números auditados e publicados nos últimos anos, começando pelo resultado econômico:

Notem que se retirarmos os ajustes contábeis feitos, a empresa apresentaria lucro em todos os exercícios.

Vamos ver como se comportou o caixa da companhia neste período :

A empresa apresentou saldo de caixa elevado durante todo o período. Interessante notar que nos anos de prejuízos (2014 a 2016) causados pelos ajustes, o caixa é mais elevado.

Vamos olhar como evoluiu a liquidez corrente. Para quem não sabe, liquidez corrente é apurada pela divisão do ativo corrente pelo passivo corrente. Ela representa o quanto a empresa dispõe de recursos para saldar seus compromissos no curto/médio prazos (1 a 2 anos).

Tomando como exemplo 2016, a liquidez corrente de 1,75 significa dizer que para cada R$ 1 que a empresa tem para pagar nos próximos 1 a 2 anos, ela dispõe de R$1,75. Portanto uma situação financeira bem confortável.

Um saldo de caixa robusto e uma liquidez corrente confortável por tanto tempo, mostram exatamente o inverso do afirmado pelos pseudojornalistas da Globo.

Mas vamos um pouco mais adiante, vamos ver a geração operacional de caixa da companhia. Para quem não sabe geração operacional de caixa é o recurso que sobra, após o pagamento de todos os custos e despesas da empresa, e que podem ser usados para pagamentos de dívidas e em novos investimentos.

 

Notem que em todo o período a geração operacional de caixa é superior a US$ 25 bilhões, o que representa aproximadamente 25% de sua dívida de US$ 110 bilhões. Ou seja, se quiser a empresa pode amortizar sua dívida em apenas 4 anos. Que grande endividamento é este ?

Agora vamos então falar um pouco sobre a dívida da Petrobras, que foi gerada no período de 2011 a 2014, quando a empresa investiu mais de US$ 200 bilhões, uma média superior a US$ 40 bilhões/ano, principalmente no pré-sal, desenvolvendo a indústria nacional e gerando milhões de empregos.

Em dezembro de 2014 a dívida alcançou o seu auge com o valor de US$ 120 bilhões. Em dezembro de 2015 ela havia caído para US$ 111 bilhões e em setembro de 2016 era de US$ 110 bilhões. Ocorre que esta dívida por ter sido contraída principalmente na moeda americana US$, oscila com a variação cambial. Isto é muito importante para quem está olhando a evolução dos valores em R$, pois em dezembro de 2014 o dólar valia R$ 2,66, em dezembro de 2015 passou para R$ 3,97, e em setembro de 2016 caiu para R$ 3,45. Vejam que, considerando o valor em R$ o menor valor da dívida estaria em 2014, onde o valor em US$ é o maior.

Mas o que queremos demonstrar é que a receita bruta anual da Petrobras,  que é superior a R$ 400 bilhões, só foi um pouco superada por sua dívida em dezembro de 2015, em função da elevação do cambio. Portanto a dívida é perfeitamente compatível com a capacidade da empresa, podendo até ser aumentada substancialmente, sem nenhum problema.

É normal uma empresa em fase de investimento ter uma dívida superior a 2 vezes sua receita anual.

A dívida da Vale, por exemplo, é 25% superior à sua receita bruta anual e ninguém diz que a empresa está muito endividada.

Não canso de lembrar que qualquer um que entre no site da Caixa Econômica em busca de um financiamento imobiliário e indique uma receita anual de R$ 100 mil, vai verificar que pode obter um empréstimo superior a R$ 200 mil. Ou seja, mais do dobro da renda anual.

Em suma, é preciso desmistificar esta balela criada pela rede Globo, que está sendo utilizada por administradores sem nenhum escrúpulo, como motivo para desmantelar a empresa , vendendo seus ativos de forma ilegal e a preço de banana e entregando a exploração do pré-sal para empresas estrangeiras.

Grande parte do desemprego que hoje assola o Brasil está sendo criado por esta política de lesa-pátria que foi implantada na Petrobras. O povo brasileiro, verdadeiro proprietário da empresa, precisa ter conhecimento destes fatos e reagir.


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PETROBRAS – Reaja, Brasil.

Reaja, Brasil: Petrobras está sendo usurpada à luz do dia

REUTERS/Ueslei Marcelino

Julian Assange, fundador do Wikileaks, em entrevista ao jornalista Fernando Morais, do Nocaute, em 27 de dezembro de 2016, informou:

“Uma maneira de trocar favores com os Estados Unidos, é facilitar à Chevron e à Exxon o acesso à parte desse petróleo (pré-sal). Nas mensagens vasadas por Wikileaks, aparece o desejo constante das petroleiras americanas de ter o mesmo acesso que a Petrobras tem”.

O forte interesse das empresas americanas nós já conhecíamos, inclusive pelo vazamento das conversas de José Serra, que prometia entregar o pré-sal para os americanos, caso fosse eleito presidente em 2010.

As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração do petróleo no pré-sal (de concessão para partilha), que o governo aprovou no Congresso em 2010, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB),  a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.

Em telegrama diplomático dos EUA de dezembro de 2009, obtido por Wikileaks, aparece José Serra conversando com Patrícia Padral, diretora de desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, onde ele diz:

“Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de negociações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava. E nós mudaremos de volta”. 

Como sabemos, José Serra não se elegeu, e em 21 de outubro de 2013, foi realizada a primeira rodada de negociação no Brasil sob o regime de partilha, sendo que a única área ofertada foi a de Libra, no pré-sal da bacia de Santos. Na época a estimativa era de que Libra na sua capacidade máxima, poderia produzir 1,4 milhões de barris de petróleo por dia.

As petroleiras americanas boicotaram e não participaram da licitação, diz-se que acreditando que não apareceriam interessados, mas não foi o que aconteceu.

Um consórcio formado por cinco das maiores empresas do planeta, arrematou o negócio. A Petrobras com 40%, as chinesas CNPC e CNOOC com 10% cada, a anglo-holandesa Shell com 20%, e a francesa Total também com 20%.

A frustação das petroleiras americanas (e de José Serra ) foi enorme.

O mundo gira e as coisas mudam. A Petrobras investiu pesadamente no pré-sal, desenvolvendo novas tecnologias e os resultados logo apareceram.

A Offshore Technology Conference (OTC) é o maior evento de negócios do mundo na área de produção offshore de óleo e gas. O OTC “Distinguished Achievement Award  for Companies, Organizations and Institutions” é o maior reconhecimento tecnológico que uma empresa de petróleo pode receber como operadora offshore.

Em 2015 a Petrobras recebeu o premio OTC  “Pelo conjunto de tecnologias desenvolvidos para produção na camada do pré-sal.

O mundo gira e as coisas mudam. Em 2014 José Serra ( PSDB) foi eleito senador pelo Estado de São Paulo. Em 2015 José Serra  apresentou o Projeto de Lei 131, retirando a obrigatoriedade de participação da Petrobras em todos os leilões do pre-sal. O PL foi aprovado em 2016.

Com o golpe parlamentar e a nomeação de Michel Temer como presidente, José Serra passou a defender com unhas e dentes, contra a opinião de muitos de seus companheiros, a participação do PSDB no novo governo.

A estratégia funcionou e José Serra foi nomeado Ministro de Relações Exteriores e ainda emplacou Pedro Parente, ex-ministro de FHC, como presidente da Petrobras.

O circo estava montado. Parente foi nomeado presidente da Petrobras com plenos poderes e total independência, inclusive (coisa inusitada) para estabelecer os preços dos combustíveis no país. O objetivo claro é acabar com a Petrobras, sem o conhecimento, e muito menos o consentimento o povo brasileiro, verdadeiro proprietário da estatal.

Temer, Serra e Parente, não são brasileiros. São colonizadores que só pensam em explorar o país e seu povo. Isto é muito claro. Eles não pensam no desenvolvimento do Brasil, pelo contrário, querem entregar tudo para o capital estrangeiro, o mais rapidamente possível, pois nem eles mesmos sabem até quando este governo ilegítimo vai durar.

Parente criou um plano de negócios para a Petrobras (PNG 2017/2021), que coloca a empresa em rota de auto destruição. O principal objetivo do plano é o atingimento de um índice de alavancagem de 2.5, que não tem nenhum sentido é um absurdo. Repito, não tem nenhum sentido é um absurdo.

O índice é obtido pela divisão da divida pela geração de caixa. Estre indicador só é válido quando os projetos de investimentos da empresa já maturaram e estão em plena geração de receitas e caixa. Nâo é o caso do pré-sal cuja maturação dos projetos leva mais de 10 anos. Por exemplo, o campo de Libra leiloado em 2013 só deve iniciar a produção em 2020. Não sei quando vai atingir plena produção.

Com a justificativa de que precisa atingir o índice de alavancagem de 2,5 (um absurdo) Parente está vendendo ativos valiosos a toque de caixa, sem licitação, sem divulgação, em negociações diretas, totalmente fora da lei.

O TCU mandou paralisar as vendas depois que técnicos do órgão detectaram as falcatruas. Mas o TCU é confiável?

Com a justificativa de que precisa atingir o índice de alavancagem de 2,5 (um absurdo) o plano de negócios não prevê recursos para a Petrobras participar dos leilões do pré-sal. Ou seja, depois de a Petrobras fazer a descoberta, investir US$ bilhões em novas tecnologias, tudo vai ser entregue para as petroleiras estrangeiras.

Quem é brasileiro, digo brasileiro mesmo, não pode concordar com isto.

Mas Parente não parou por aí. Passou a atacar as regras de conteúdo local, dentro de seu plano de entregar tudo para o capital estrangeiro. Em artigo publicado na Folha de São Paulo, no início deste mês de fevereiro (01/02), mostrou suas intenções ao dizer:

“Ideologias, quando levadas ao extremo, tornam as pessoas impermeáveis a argumentos e fatos. Discutir a origem do capital investido no Brasil é um exemplo. Superada pela Constituição que não faz distinção entre capital nacional e estrangeiro, estra discussão tem pouca utilidade na vida real”

A meu ver um comentário deste tipo só pode partir de um colonizador. De um não brasileiro. E podem crer que eu não sou xenófobo. O bom capital, que vem para o desenvolvimento do país deve ser sempre bem vindo.

O engenheiro Alberto Machado Neto, diretor da Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (ABIMAC), em publicação feita no site do Clube de Engenharia, mostrou os problemas que sofrem as empresas brasileiras nos fornecimentos para a Petrobras:

“A começar pela dupla personalidade da Petrobras na hora de fiscalizar as obras que contrata no Brasil e as que contrata no exterior. No Brasil as empresas precisam construir extensas instalações para dezenas de fiscais da estatal, com critérios de padronização das salas a serem oferecidas aos funcionários, como detalhes específicos para localização das lixeiras, distâncias entre janelas e portas, número de cadeiras e uma infinidade de exigências de QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde) que precisam ser somados aos custos. Já no exterior, como em alguns projetos de grande porte enviados para a China, a companhia manda pouquíssimos fiscais para trabalhos do mesmo nível de complexidade, demandando estruturas muito mais enxutas e sem o mesmo rigor de padronização.

Um dos resultados disso é uma atuação esquizofrênica, já ocorrida em alguns casos nesses últimos anos, em que plataformas vem da Ásia, com diversos problemas a serem consertados. As empresas brasileiras com histórico de sucesso, em termos de preço, prazo e qualidade – que são muitas – acabam chamadas para socorrer a Petrobras, revisando e refazendo o que ficou mal feito.

O presidente da Petrobras (Pedro Parente) em alguns momentos usou a licitação da plataforma de Libra como exemplo negativo do que seria a indústria brasileira. Alegou um sobrepreço de 40% para se construir no Brasil. Seria um escárnio defender que a empresa pagasse esse valor a mais para fazer obras no seu próprio quintal. O problema é que os dados que embasam essa afirmação de Parente nunca foram detalhadas para o público e para o mercado nacional, que está ávido por oportunidades e tem se mostrado cada vez mais competitivo, com muitas empresas exportando para outros países – tanto estrangeiras a partir de instalações brasileiras, quanto companhias nacionais que conquistaram espaço no cenário internacional. Mais de uma vez foi feito um convite para que o executivo abrisse esses números e permitisse à indústria avalia-los. Se sua crença é em argumentos, porque não permitir ao mercado nacional que dê os seus próprios. Nessa discussão sem diálogo e abertura, não há avanço. Vira ranço ideológico”

Já escrevi diversos artigos sobre as mentiras de Pedro Parente. Esta dos 40% é apenas mais uma. Ele não pode detalhar os dados pois sabe que estava mentindo.

Em reunião na última quinta-feira (16/02), no anexo IV da Câmara dos Deputados em Brasília, com a presença de deputados ligados à Frente Parlamentar em Defesa da Engenharia e da Indústria, o Presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino falou:

“A indústria, mesmo aqueles setores que apoiaram o impeachment, despertou para a gravidade do desmonte que está ocorrendo no país e começou a ir atrás do prejuízo “ (…) “Estão querendo trocar um modelo bem sucedido, inspirado pela Noruega, por desastre econômico e social, cujo símbolo entre os estudiosos é a Nigéria”.

O mundo gira e as coisas mudam. Quem iria imaginar que Donald Trump seria eleito presidente dos Estados Unidos? Mas a troca de comando na Casa Branca não mudou o apetite americano pelo pré-sal brasileiro.

Trump nomeou como seu Secretário de Estado Rex Tillerson, que já foi presidente da Exxon. Tillerson não perdeu tempo, e já agendou uma visita ao chanceler José Serra, que terá como tema principal, a abertura do pré-sal a empresas estrangeiras.

Aqui cabe uma pergunta: quem vai nos salvar?

Tudo isto lembra D. João VI que em 29 de janeiro de 1808, através de um decreto (carta régia) promoveu a “Abertura dos portos brasileiros aos povos amigos de Portugal”.

Os ingleses agradeceram e tomaram conta do mercado brasileiro, impedindo o crescimento da indústria local.


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PETROBRAS – Imaginem a seguinte notícia.

Imaginem a notícia: “Vale descobre a maior reserva de minério do mundo, mas entrega para a australiana BHP explorar. Faltam recursos”

Fabio Rossi

Qualquer brasileiro se espantaria com uma notícia desta. É claro que se a Vale descobrir uma nova reserva, a última coisa que aconteceria seria entregar a oportunidade para seu maior concorrente. Por outro lado, comprovada a existência da reserva, recursos apareceriam em abundância. Mas vamos supor uma situação inusitada, e por algum motivo que não podemos imaginar, não existissem realmente os recursos. Como a Vale procederia? Muito simples, manteria o minério onde ele estivesse, até que os recursos aparecessem. Afinal minério não se deteriora.

O que parece muito estranho é ver os brasileiros não se revoltarem com os acontecimentos na Petrobras. Afinal a empresa fez a maior descoberta de reservas de petróleo das últimas décadas. Um volume de petróleo capaz de levar o país a um novo patamar econômico e social, se aproveitado adequadamente. Mas, pelo contrário, tudo o que está sendo feito é no sentido de entregar as descobertas para as petroleiras estrangeiras. Um verdadeiro absurdo.

Acontece que desde a descoberta do pré-sal a Petrobras vem sofrendo uma sistemática campanha de desmoralização por parte da grande mídia entreguista. Campanha repleta de mentiras e falácias, que confunde a opinião pública. O brasileiro fica como, no futebol, o zagueiro que ao invés de prestar atenção na bola fica prestando atenção no atacante adversário, e por isso acaba levando o gol.

Os brasileiros precisam acordar para os fatos. Foi feita uma grande descoberta de reservas e elas são nossas. Nenhum país do mundo conseguiu se desenvolver entregando suas reservas para terceiros explorarem. Mais de 90% das reservas mundiais de petróleo estão sob o controle de empresas 100% estatais (Arábia, Rússia, Noruega, México etc).

Lula e Dilma perderam a oportunidade de fechar o capital da Petrobras. Uma empresa estatal tem finalidades antagônicas e até mesmo conflitantes, com uma empresa listada em bolsa. A exploração do pré-sal pede uma empresa 100% estatal, no seu controle.

Em reunião em Brasília com a Frente Parlamentar em Defesa da Engenharia e da Indústria, no último dia 16 de fevereiro, o Presidente do Clube de Engenharia , Pedro Celestino, salientou : “Estão querendo trocar um modelo bem sucedido, inspirado na Noruega, por um desastre econômico e social, cujo símbolo entre os estudiosos, é a Nigéria”.

Ele tem toda a razão, o momento é de aproveitar o projeto do pré-sal para desenvolver a indústria nacional, gerar empregos e treinar pessoal no Brasil, como fez a Noruega.

Mas o atual governo golpista, ilegítimo, está fazendo exatamente o inverso, e ontem mesmo acabaram com o conteúdo local nas obras do pré-sal. Ou seja, o nosso petróleo vai gerar o desenvolvimento no exterior.

Mesmo que os preços dos equipamentos fabricados no Brasil sejam 20 ou 30% superiores aos fabricados no exterior, é preciso lembrar que eles geram empregos e renda aqui, além de impostos, coberturas previdenciárias etc. Mais ainda, vão desenvolver a indústria local para futuros fornecimentos no exterior. É assim que as nações crescem.

Tudo isso lembra D. João VI que em 29 de janeiro de 1808, através de um decreto (carta régia) promoveu a “Abertura dos portos brasileiros aos povos amigos de Portugal”. Os ingleses agradeceram e tomaram conta do mercado brasileiro, impedindo o crescimento da indústria local.


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PETRÓLEO – Fim do conteúdo nacional.

Antes de anunciar fim do conteúdo nacional, governo fez vídeo para petroleiras internacionais