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PETRÓLEO – Preço despenca com o teto de 30 milhões de barris/dia.

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Opep mantém produção, petróleo despenca e pode cair ainda mais

 

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu não agir para conter o excesso de oferta mundial de petróleo, resistindo aos pedidos da Venezuela de que o grupo precisava impedir a derrocada dos preços. Com isso, a cotação da commodity teve a sua maior queda em mais de três anos.

O grupo manteve o teto para sua produção coletiva em 30 milhões de barris por dia (b/d), segundo anunciou ontem o ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi, depois de reunião dos 12 países da Opep em Viena. O barril de petróleo chegou a cair 8,4% em Londres, estendendo a desvalorização neste ano para 35%.

O mercado de petróleo passou a operar com tendência de queda depois de os EUA terem extraído este ano o maior volume do produto em mais de 30 anos e pelo fato de os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia não terem interrompido a produção. Embora o teto de produção da Opep seja o mesmo desde 2012, o grupo na verdade produziu quase 1 milhão de barris a mais em outubro, de acordo com dados reunidos pela Bloomberg.

“A Opep escolheu abdicar de seu papel de controlador [dos preços], deixando para o mercado decidir qual deve ser o preço do petróleo”, disse Harry Tchilinguirian, chefe de mercados de commodities do BNP Paribas, em Londres, por telefone. “Não será surpresa se o Brent começasse a testar os US$ 70.”

O tipo de petróleo Brent, referencial mundial, está a caminho de ter seu maior declínio anual desde 2008 na bolsa ICE Futures Europe, em Londres. Os contratos futuros de petróleo tiveram ontem a maior queda desde maio de 2011, negociados em baixa de US$ 4,85, a US$ 72,99, ontem.

A coroa norueguesa, moeda do maior produtor de petróleo da Europa Ocidental, caiu para a menor cotação em cinco anos em relação ao dólar. O dólar canadense desvalorizou-se pela primeira vez em três dias, e o rublo russo teve forte declínio. As ações das empresas de petróleo e gás tiveram as maiores baixas do dia nos mercados acionários mundiais. Os papéis da BP caíram 2,7% em Londres, e os da Royal Dutch Shell, 3,7%.

“A mudança é que a Arábia Saudita e a Opep não vão mais administrar o lado da oferta no mercado”, disse Michael Wittner, chefe de análises do mercado de petróleo do Société Générale, por e-mail. “Isso é tão importante que é difícil de destacar o quanto”.

A Opep cogitou cortar as cotas em 5%, de acordo com o ministro do Petróleo da Iraque, Adel Abdul Mahdi. Isso representaria cerca de 1,5 milhão de barris diários, com base no atual teto das cotas.

“Se você corta 5 milhões, isso naturalmente vai aumentar os preços”, disse Mahdi. “Ninguém discutiu um grande corte, talvez 5% tenha sido o máximo que algumas pessoas defenderam.”

A Opep se reune de novo em 5 de junho em Viena. A decisão de não mudar o teto havia sido antecipada por 58% dos analistas consultados em pesquisa da Bloomberg Intelligence nesta semana.

Ainda assim, a forte queda do petróleo mostrou que a decisão da Opep não havia sido totalmente precificada pelos mercados.

Tariq Zahir, analista da Tyche Capital Advisors, de Nova York, disse que a queda do petróleo pode continuar até abaixo de US$ 65 o barril nas próximas semanas, o que pode começar a prejudicar a produção de óleo de xisto nos EUA. “Acho que começamos a ter uma guerra de preços”, disse Zahir. “Seria meio louco tentar adivinhar um fundo do poço aqui.” 22

Outros analistas concordam que a decisão da Opep deixa o petróleo vulnerável a quedas muito maiores, à medida que uma oferta abundante de petróleo leve, de alta qualidade, chega ao mercado, boa parte vindo do xisto dos EUA. “No curto prazo, devido ao ceticismo dos mercados de que os níveis de preços recentes são baixos o bastante para frear substancialmente o crescimento da produção nos EUA, esperamos que os preços caiam abaixo de US$ 70 para o Brent o barril e menos ainda para o WTI [referência de preço nos EUA], diz uma análise do banco Barclays.

“Não estamos enviando nenhum sinal a ninguém, apenas tentamos ter um preço justo”, disse o secretário-geral da Opep, Abdalla El-Badri, em entrevista coletiva. El-Badri, que manterá o cargo até o fim de 2015, disse que o grupo vai cumprir o limite de produção.

O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Namdar Zanganeh, disse a repórteres não estar “bravo” com a decisão. “[Mas] não estava dentro do que nós queríamos”.

A Venezuela, cujas reservas internacionais estão no nível mais baixo em 11 anos, pressionou por cortes na produção, segundo Rafael Ramírez, ministro do Petróleo da Venezuela. “Todos precisam fazer algum sacrifício”, disse Ramírez, que estima o excesso de oferta em 2 milhões de b/d. O Kuait calcula o excesso em 1,8 milhão de b/d.

Os ministros do Kuait, Emirados Árabes Unidos e Angola se disseram preocupados com o excesso de oferta. A Opep extraiu 30,97 milhões de b/d em outubro, superando o limite de produção pelo quinto mês seguido. O grupo estima a demanda mundial em 29,2 milhões de b/d em 2015.

O petróleo WTI, referencial nos EUA, chegou a cair 8,1%, estendendo a queda no ano para 30%.

Fonte: Valor Econômico, com agências internacionais


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OPEP – Teto de produção do cartel foi mantido inalterado.

Fraqueza do cartel é bem-vinda, mas também é alerta

 

 VOLTAR AO TOPO

O xeque Ahmed Zaki Yamani, ministro do Petróleo da Arábia Saudita e figura mais destacada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de 1962 a 1986, teria dito nos anos 1970 que “tinha o mundo na palma da mão”. Hoje, a situação se inverteu.

Se a Opep ainda fosse a potência que já foi, a reunião dos ministros do Petróleo que se realizou nesta semana em Viena teria aprovado um corte da produção para estabilizar o mercado. A produção dos EUA está disparando, a demanda mundial perde força e os preços caíram mais de 30% desde junho.

Representantes de alguns países-membros da organização, como Venezuela e Angola, disseram querer que o petróleo volte à cotação de US$ 100 por barril, comparada à atual, de US$ 73.

No entanto, a reunião terminou ontem com a decisão de manter inalterado o teto de produção do cartel. A resolução abre caminho para a expansão da superoferta e a manutenção da queda dos preços no ano que vem.

A falta de coesão num grupo que tantas vezes atemorizou os países consumidores de petróleo do mundo inteiro será muito festejada, e com bons motivos. A queda dos preços do petróleo é o fortificante de que a debilitada economia mundial necessita.

Já os motivos pelos quais a Opep não conseguiu chegar a um acordo não são tão animadores. Embora o mundo possa dispensar, alegremente, um cartel de petróleo forte, não dispensa fortes países produtores de petróleo, e a falta de disciplina da Opep reflete a fragilidade de muitos de seus membros.

Os países-membros mais fortes da Opep – Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Kuait – perceberam que, se reduzissem a produção, não seriam muitos os companheiros de cartel que seguiriam seu exemplo.

O Irã e a Líbia já sofreram quedas significativas da produção – o Irã por conta das sanções do Ocidente, que deverão se manter por pelo menos mais sete meses, após a prorrogação das negociações nucleares de Teerã com o Ocidente. A Líbia está às voltas com os efeitos do persistente conflito entre facções beligerantes, que deu nesta semana sinais de agravamento.

Na Venezuela e na Nigéria, por outro lado, os governos enfrentam crises financeiras. O Iraque, que não participa do sistema de cotas da Opep, falara em voltar a aderir a ele quando a produção alcançasse de 4 milhões a 5 milhões de barris/dia e esperava que isso ocorresse neste ano. Mas o país ainda produz apenas cerca de 3,1 milhões de b/d, segundo a consultoria Platts.

Com tantos membros da Opep em dificuldades, os EUA conseguiram atender à crescente demanda mundial por petróleo graças à revolução do xisto. No entanto, o surto de crescimento do xisto americano deverá perder força, talvez já no fim desta década. A demanda por parte das economias emergentes, por seu lado, só crescerá se a industrialização avançar.

Cerca de um terço do crescimento mundial da demanda por petróleo dos próximos dois anos será canalizado para a Ásia, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), e será muito difícil reduzir ou substituir essa demanda. Os países-membros da Opep controlam 80% das reservas mundiais comprovadas de petróleo e, se tantos deles continuarem diante da instabilidade que enfrentam atualmente, será muito difícil explorar o pleno potencial dessas reservas. Tanto os países consumidores quanto os produtores de petróleo têm de se empenhar mais em respaldar a produção de petróleo futura, o que significa investir agora em capacidade adicional de produção. O mundo 24

inteiro está interessado em evitar crises de abastecimento, capazes de criar choques de preços e de reconduzir a economia mundial à recessão.

O defeito mais grave, e mais comum, dos mercados de commodities é o de agir como se qualquer conjunto acidental de circunstâncias fosse durar para sempre. Os países consumidores poderão usufruir da abundância de petróleo enquanto ela durar, mas devem, ao mesmo tempo, antever um futuro em que os países produtores voltarão a ter o mundo na palma da mão.

Fonte: Valor Econômico


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OPEP VAI MANTER NÍVEL DE PRODUÇÃO.

Opep usará petróleo em queda contra gás dos EUA

 

Representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não vão propor uma redução do teto de produção de petróleo, quando se reunirem hoje em Viena, para seu encontro anual, apesar da queda na cotação. Desde junho o preço já recuou 30%, para menos de US$ 78 o barril e vários membros do cartel vêm pressionando a Arábia Saudita, maior exportador, por um corte da produção para estimular a valorização dos preços.

Os sauditas, porém, vêem com bons olhos esse recuo da cotação porque torna economicamente inviável a produção do gás não convencional americano, que se tomou um forte concorrente do petróleo convencional. Segundo analistas, o país árabe poderia resistir por até três anos um patamar de preço de US$ 60 por barril. Os EUA já sinalizaram que continuarão investindo no gás não convencional.

— O GCC chegou a um acordo — disse o ministro saudita de Petróleo, Ali al-Naimi, referindo-se ao Conselho de Cooperação do Golfo, que inclui Arábia Saudita, Kuwait, Qatar e Emirados Árabes Unidos e se reuniu ontem para adotar uma posição comum. — Estamos confiantes de que a Opep terá uma posição única.

Uma alta fonte do GCC disse à agência de notícias Reuters que os membros do conselho chegaram a um consenso em torno da proposta dos sauditas de não cortar a produção. Outras fontes confirmaram que os 12 membros da Opep devem adotar uma posição comum.

Fonte: O Globo

 


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EUA – Boom do xisto diminui poder da OPEP.

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EUA estão decididos a continuar perfurando porque boom do xisto diminui poder da OPEP no mercado

 

Independentemente do que os países da OPEP decidirem amanhã quanto à redução da produção de petróleo, os produtores dos EUA já sabem o que vão fazer: continuar perfurando.

A Arábia Saudita e seus onze colegas da Organização de Países Exportadores de Petróleo se reunirão no que é considerado o conclave mais importante do cartel desde a crise financeira mundial de 2008. Os EUA são os que mais têm a ganhar e menos a perder.

Para o setor petroleiro, um ajuste significativo da produção da OPEP elevaria preços e lucros de modo geral e ajudaria a financiar mais inovações em energia nos EUA. E embora uma reação menos enérgica ou nenhuma pressionasse mais as empresas de energia, o setor está cada vez mais isolado pela florescente produção na América do Norte.

“O setor petroleiro dos EUA vai continuar em seu caminho de crescimento independentemente de a OPEP decidir fazer uma redução”, disse Daniel Yergin, vice-presidente da consultoria IHS Inc., com sede em Englewood, Colorado, e autor do livro “A busca”, vencedor do prêmio Pulitzer. “À medida que os preços do petróleo caem, o setor americano vai subindo na curva de aprendizagem e se tornando mais capaz de lidar com preços mais baixos do que teria sido há dois ou três anos”.

A bazófia dos produtores americanos diante do desmoronamento dos preços do petróleo mostra a confiança adquirida por terem subvertido seis décadas de dominação do mercado pela OPEP com tecnologia que extrai petróleo de rochas densas com preços de apenas US$ 40 por barril. O boom do xisto colocou o setor do petróleo dos EUA na sua posição mais forte desde que a OPEP começou a mostrar seu poder de fixar preços no começo da década de 1970.

Resistência econômica

Além da capacidade dos produtores para manter a lucratividade com preços mais baixos, a economia dos EUA em geral é ainda menos suscetível a qualquer rumo que a OPEP adotar. Uma transição de setores como a fabricação de aço para serviços como a saúde ajudou a tornar a economia menos dependente do que nunca do petróleo e do gás natural, segundo dados do governo compilados desde 1950.

Os produtores de petróleo dos EUA já estão reagindo aos preços mais baixos do petróleo ajustando seus gastos para se concentrarem em poços mais baratos com maior produção. Em consequência, os bilhões em ajustes de gastos projetados para o ano que vem não restringirão de forma significativa a produção americana, que deve se manter nos níveis atuais mesmo se os preços caírem para US$ 70 por barril, segundo dados compilados pela Bloomberg. O petróleo dos EUA caiu para US$ 74,09 por barril ontem antes da reunião.

A história é diferente para os doze países-membros da OPEP, que estarão emperrados em uma disputa sobre se reduzir a produção de petróleo para deter a pior depressão do mercado de petróleo bruto desta década quando se reunirem em Viena. Uma diminuição modesta, que contenha a produção atual em cerca de 500.000 barris diários, é o resultado mais provável, mas também é possível que nenhuma medida seja tomada, segundo análises feitas nos últimos sete dias pelo Goldman Sachs Group Inc., pelo Morgan Stanley e pela Wolfe Research LLC.

Wall Street

A fortaleza das perspectivas de muitas empresas tem feito com que Wall Street se torne mais altista ultimamente. Como o petróleo caiu 29 por cento desde junho, os investidores eliminaram cerca de US$ 150 bilhões do valor de mercado dos produtores de xisto. Agora, prevê-se que as as ações das 24

44 empresas de energia no Standard Poor’s 500 aumentem 20 por cento nos próximos 12 meses, o dobro do que os outros setores, segundo prognósticos de analistas compilados pela Bloomberg.

“Os EUA agora são uma potência energética”, disse Bruce Bullock, diretor do Maguire Energy Institute da Southern Methodist University em Dallas, em entrevista por telefone. “Sem dúvida o impacto da OPEP é muito, mas muito menor do que anos atrás”.

Fonte: Bloomberg

 


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EUA – Produção de gás de xisto.

Produção de gás crescerá 70% até 2040 nos Estados Unidos

 

A produção de gás de xisto na América do Norte crescerá 70% até 2040. A previsão é do pesquisador da Penn State (EUA), Thomas Murphy, que apresentou um estudo sobre o cenário das reservas não convencionais e os impactos causados pela exploração e produção de petróleo e gás natural em todo o mundo, durante a Brazil Onshore, em Natal (RN). O evento é promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), em parceria com a Seção Brasil da Sociedade dos Engenheiros de Petróleo (SPE).

Segundo Murphy, além de fortalecer o mercado americano, o aumento da produção vai impulsionar a exportação do insumo. Mas para que isso aconteça, observa o pesquisador, serão precisos reforços nos setores de apoio, como o de equipamentos, e investimentos em qualificação de mão-de-obra.

Durante a apresentação, Murphy ressaltou que o gás de xisto está presente em quase todo o globo. Na América do Sul, Brasil e Argentina, disse ele, concentram algumas das maiores reservas. Nos EUA, o gás de xisto aparece em aproximadamente 55% do território.

Murphy falou ainda sobre a regulamentação da atividade. Na visão do pesquisador, ela foi “fundamental” para o desenvolvimento do setor nos EUA. Para ele, o sucesso do modelo americano se deu também por um maior entendimento com a comunidade.

“É essencial que as pessoas compreendam quais as razões para a necessidade de produção de energia. Esse entendimento passa pela verificação das mudanças demográficas e condições econômicas, pela compreensão e compartilhamento do senso de urgência, e pela transparência nas inspeções”, disse. “Tudo isso vai aumentar a credibilidade das empresas nas comunidades. Transparência é a chave desses processos, na maior parte das vezes”, completou.

Fonte: Agência IN (Investimentos e Notícias)

 


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PETRÓLEO – Produção russa vai se manter estável.

Rússia diz que petroleiras vão manter produção estável em 2015

 

As petroleiras da Rússia irão produzir em 2015 aproximadamente a mesma quantidade de petróleo que produziram em 2014, disse nesta quarta-feira o ministro de Energia, Alexander Novak.

Ele disse a repórteres que está cético quanto a uma decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), na reunião marcada para quinta-feira, de reduzir as metas de produção para conter a queda dos preços da commodity.

A Rússia, que não é membro da Opep, está entre os três principais produtores globais de petróleo, com produção média de 10,5 milhões de barris por dia.

Fonte: Reuters

 


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PETRÓLEO – STF pode reverter lei de FHC.

Lewandowski: STF pode rever lei de FHC no petróleo

Presidente do Supremo diz que, assim que a ação que pede para que a Petrobras cumpra a Lei das Licitações, de 1993, for devolvida, “terá prioridade para ser julgado pelo plenário do tribunal”; julgamento foi interrompido em 2011, com pedido de vistas do ministro Luiz Fux; estatal realiza contratações em regime simplificado de licitação, com base em decreto presidencial assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que abre brechas para atos de corrupção como os investigados na Operação Lava Jato; Ricardo Lewandowski declarou ainda não ter uma “posição definitiva sobre o assunto”

Brasil 247

O Supremo Tribunal Federal poderá rever a lei do petróleo estabelecida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirmou nesta segunda-feira 24 o presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski. Decreto presencial de 1998 permite que a estatal faça contratações por processo simplificado de licitação, o que abre brechas para atos de corrupção como os investigados na Operação Lava Jato.

“Esse processo teve um pedido de vista de um ministro (do STF). Assim que ele for devolvido, e dentro das possibilidades da pauta, ele terá prioridade para ser julgado pelo plenário do tribunal”, disse Lewandowski, que participou hoje da cerimônia de abertura da Semana Nacional de Conciliação, em São Paulo.

O ministro fazia referência ao colega Luiz Fux, que pediu vistas do processo em 2011, interrompendo o julgamento. A ação apresentada pela empresa Petrosul, que chegou em 2005 no STF, pede que a estatal cumpra a Lei 8.666, conhecida como Lei das Licitações, de 1993, seguida por todos os órgãos de administração pública.

Na semana passada, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, se reuniu com Lewandowski, a quem pediu pressa para que o Supremo retomasse o caso (leia aqui).

Questionado sobre o que pensava sobre o tema, o presidente do STF disse ainda não ter “posição definitiva sobre o assunto”. Em 2008, quando o caso começou a ser julgado pela Primeira Turma do STF, Lewandowski votou contra a ação, a favor de que a estatal continuasse com o regime simplificado de contratações.”


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FORNECIMENTO DA GÁS À EUROPA.

AIE realça importância de Portugal e Espanha no fornecimento de gás à Europa

A administradora executiva da Agência Internacional da Energia sublinhou que a Península Ibérica pode constituir uma alternativa para o fornecimento de gás natural na Europa. Também alertou para a necessidade de uma interconexão Espanha-França.
A administradora executiva da Agência Internacional da Energia (AIE), Maria van der Hoeven, salientou esta terça-feira, 25 de Novembro, numa conferência em Madrid que a Península Ibérica deve aproveitar as infra-estruturas de gás natural liquefeito (GNL) que possui, com o fim de reforçar a segurança de subministro de gás do resto dos países europeus.
Na sua participação no encontro “Global Annual Energy Meeting”, van der Hoeven elogiou a relevância dos sistemas energéticos português e espanhol para o futuro europeu. Ambos os países ibéricos contam com uma das melhores redes de gasodutos e portos de recepção de gás natural liquefeito do continente e após o conflito russo-ucraniano, o fornecimento de gás tem-se tornado uma das principais preocupações de Bruxelas.
Assim, na opinião da administradora da AIE “nas circunstâncias adequadas” o GNL “poderá devolver a confiança no subministro de gás”. Isto deve-se ao facto de o transporte do GNL ser realizado por barco e não por gasoduto, o que poderá oferecer soluções rápidas perante possíveis interrupções de fornecimento via gasoduto.
As principais fortalezas da rede energética luso-espanhola são a flexibilidade e a diversificação de armazenamento, como revelou o último estudo realizado pela AIE (Energy Supply Security 2014). A Península pode receber gás natural tanto pela costa atlântica, através de portos como o da Corunha, Sines (na fotografia) ou Huelva, assim como, pela costa mediterrânea, com importantes bases portuárias como as de Algeciras, Cartagena ou Tarragona.
Mas para que esta segurança energética que oferece a Península seja transmitida ao resto da Europa, urge aumentar as interconexões da região com o sul de França, “desafio que precisa de financiamento e de acordo político com a França” salientou van der Hoeven.
Fonte: Negócios Online (Portugal)


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GNL – Fornecimento de Gás à Europa por países da península ibérica.

AIE realça importância de Portugal e Espanha no fornecimento de gás à Europa

A administradora executiva da Agência Internacional da Energia sublinhou que a Península Ibérica pode constituir uma alternativa para o fornecimento de gás natural na Europa. Também alertou para a necessidade de uma interconexão Espanha-França.
A administradora executiva da Agência Internacional da Energia (AIE), Maria van der Hoeven, salientou esta terça-feira, 25 de Novembro, numa conferência em Madrid que a Península Ibérica deve aproveitar as infra-estruturas de gás natural liquefeito (GNL) que possui, com o fim de reforçar a segurança de subministro de gás do resto dos países europeus.
Na sua participação no encontro “Global Annual Energy Meeting”, van der Hoeven elogiou a relevância dos sistemas energéticos português e espanhol para o futuro europeu. Ambos os países ibéricos contam com uma das melhores redes de gasodutos e portos de recepção de gás natural liquefeito do continente e após o conflito russo-ucraniano, o fornecimento de gás tem-se tornado uma das principais preocupações de Bruxelas.
Assim, na opinião da administradora da AIE “nas circunstâncias adequadas” o GNL “poderá devolver a confiança no subministro de gás”. Isto deve-se ao facto de o transporte do GNL ser realizado por barco e não por gasoduto, o que poderá oferecer soluções rápidas perante possíveis interrupções de fornecimento via gasoduto.
As principais fortalezas da rede energética luso-espanhola são a flexibilidade e a diversificação de armazenamento, como revelou o último estudo realizado pela AIE (Energy Supply Security 2014). A Península pode receber gás natural tanto pela costa atlântica, através de portos como o da Corunha, Sines (na fotografia) ou Huelva, assim como, pela costa mediterrânea, com importantes bases portuárias como as de Algeciras, Cartagena ou Tarragona.
Mas para que esta segurança energética que oferece a Península seja transmitida ao resto da Europa, urge aumentar as interconexões da região com o sul de França, “desafio que precisa de financiamento e de acordo político com a França” salientou van der Hoeven.
Fonte: Negócios Online (Portugal)


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ENERGIA EÓLICA – Dinamarca quer se livrar dos combustíveis fósseis.

Pioneira na energia eólica, Dinamarca quer se livrar dos combustíveis fósseis

 

A Dinamarca segue a política de combate às mudanças climáticas mais ambiciosa do mundo. Até 2050 o país pretende acabar com a queima de combustíveis fósseis – não apenas na produção de eletricidade, mas também nos transportes.

Se alguém considera impossível uma transição tão ampla, a Dinamarca discorda. Os dinamarqueses basicamente inventaram o setor moderno de produção de energia eólica e o estão levando adiante com mais afinco que qualquer outro país. Mais de 40% da energia de sua rede elétrica é renovável, e o objetivo é que até 2020 seja 50%. O consenso político em favor de continuar nesse rumo é praticamente uma unanimidade.

Por isso, os problemas com a transição para a energia limpa já não podem ser ignorados.

As fontes de energia renováveis, como a energia dos ventos e solar, uma vez instaladas, não custam nada para ser operadas. É um benefício enorme no longo prazo. Mas, à medida que mais fontes energéticas desse tipo ganham espaço na rede elétrica, elas levam os preços da energia a cair nos horários que antes eram os mais lucrativos.

Com isso, pode se tornar antieconômico operar as usinas elétricas convencionais, à base de gás, carvão ou urânio. Só que essas usinas são necessárias para fornecer a energia para os momentos em que não está ventando e o sol não está brilhando.

Fornecedores de eletricidade na Alemanha e na Dinamarca vêm pedindo autorizações para fechar algumas usinas elétricas que recentemente deixaram de ser lucrativas. Mas os governos estão resistindo, temendo que falte eletricidade em alguma noite gelada de inverno com pouco vento. Os governos ofereceram subsídios de curto prazo às usinas, cientes de que, se forçarem as empresas a operá-las mesmo tendo prejuízos, será apenas uma questão de tempo até a falência.

Governos em toda a Europa perceberam que os mercados de eletricidade terão que ser reformulados para fazer frente à nova era. Mas eles não estão encarando a tarefa com urgência. Afinal, uma reformulação malfeita pode deixar os consumidores no escuro.

A Dinamarca tem sorte geográfica. Ela tem ligações elétricas fortes com a vizinha Suécia, dotada de farta capacidade de energia nuclear, e com a Noruega, que tem eletricidade disponível graças às suas barragens. Mas políticos suecos estão prometendo fechar as usinas nucleares do país e apostar na energia renovável, enquanto cresce a demanda pela energia hidrelétrica barata da Noruega e se estuda a construção de uma linha de transmissão para o Reino Unido, sedento de energia.

“Estamos preocupados”, disse Anders Stouge, vice-diretor geral da Associação Energética Dinamarquesa. “Se não fizermos algo, enfrentaremos um risco crescente de blecautes no futuro.”

Portanto, é crucial acertar na reformulação do mercado.

Uma reforma modesta basicamente atribuiria um valor de mercado – logo, um preço– à capacidade que ficaria de reserva.

Mas Rasmus Helveg Petersen, ministro dinamarquês do Clima, busca uma abordagem mais ambiciosa. Esta envolveria preços da eletricidade definidos em tempo real.

Quando o vento estivesse soprando forte ou o sol brilhando intensamente, os preços cairiam vertiginosamente, mas, em momentos de escassez, subiriam de modo igualmente abrupto. 26

À medida que fossem instalados mais medidores inteligentes de consumo e mais aplicativos capazes de rastrear esses preços, seria possível imaginar um sistema em que a demanda se ajustaria bem à oferta disponível. Mas, mesmo que a Dinamarca consiga criar uma boa solução para o mercado de eletricidade, ela ainda terá outro grande desafio para poder alcançar sua meta para 2050: tirar os combustíveis fósseis dos transportes.

O país abraçou um sistema de carros elétricos no qual as baterias gastas seriam trocadas por novas em questão de minutos, mas só foram vendidas algumas centenas de carros antes de o plano cair por terra. Petersen ainda pensa que a eletrificação dos carros é a melhor opção.

“Precisamos de carros com autonomia maior e preços mais baixos para que essa possa ser uma boa opção”, disse o ministro. “A tecnologia precisa nos salvar aqui.”

Fonte: The New York Times